Vocabulário de Psicologia Topológica e Vetorial
Extraído de Lewin, Kurt. Princípios de Psicologia Topológica. São Paulo: Cultrix, 1973.


     Os conceitos contidos neste glossário estão agrupados da seguinte maneira: (I) conceitos metodológicos, isto é, conceitos relacionados com a epistemologia, a lógica, a teoria de ciência e a metodologia; (II) conceitos de psicologia topológica. Este grupo contém (A) conceitos matemáticos; (B) conceitos psicológicos. Neste último subgrupo estão colocados (1) conceitos pelos quais os fatos diretamente observáveis estão coordenados com os conceitos topológicos; (2) conceitos dinâmicos. Esta classificação não pretende ser rigorosa, mas poderá ajudar a esclarecer a posição lógica dos vários conceitos.

I. CONCEITOS METODOLÓGICOS

APROXIMAÇÃO, MÉTODO DE: Este método determina, primeiro, a estrutura do espaço vital como um todo e avança gradualmente, determinando cada vez mais propriedades específicas até ser atingido o máximo de exatidão. [Veja também Explicação.]

CAUSA: Tem de se distinguir a causalidade histórica e a sistemática. (a) Causalidade sistemática: Um evento é considerado função da situação total num momento dado. A causa de um evento é sempre a correlação entre numerosos fatos. (b) Causalidade histórica: Uma resposta é dada à pergunta sobre os motivos por que uma determinada situação, num certo momento histórico e numa dada posição geográfica, tem essas propriedades particulares.

CONCEITOS: Podemos distinguir (a) conceitos matemáticos como fronteira, região, vetor; (b) conceitos dinâmicos (genético-condicionais) como força, tensão, resistência, fluidez.

CONCRETO: Aquilo que tem a posição de um fato individual que existe num determinado momento. Em psicologia, o concreto pode ser representado como uma parte do espaço vital ou como propriedade dessa parte.

CONSTRUÇÃO: Um fato dinâmico que é determinado indiretamente como um “conceito interveniente”, por meio de uma “definição operacional”. Uma construção expressa uma correlação dinâmica e permite, em conexão com leis, a elaboração de enunciados sobre o que é possível e o que não é possível.

COORDENADORA, DEFINIÇÃO: Certos fatos observáveis estão correlacionados com certos conceitos matemáticos. Uma definição coordenadora deve ser unívoca e, se possível, reversível.

DIMENSÃO DE PROPRIEDADES: Podemos considerar as diferentes propriedades de um objeto como variáveis e representá-las por meio de um sistema de coordenadas que têm tantas dimensões quantas as propriedades distinguíveis que existirem. Um tal sistema de coordenadas é denominado, por vezes, espaço fásico.

DINÂMICA: Fatos ou conceitos que se referem às condições de mudança, especialmente a
forças, têm o nome de dinâmica. Os fatos dinâmicos só podem ser indiretamente determinados (ver Construção).

ESPAÇO MATEMÁTICO: Ver Espaço Matemático em Conceitos Matemáticos.

ESPAÇO FÁSICO: Ver Dimensão de Propriedades.

ESPAÇO FÍSICO: Espaço que inclui a totalidade dos fatos físicos que existem num determinado momento (todo o mundo físico).

ESPAÇO PSICOLÓGICO: Ver espaço vital, em Conceitos Psicológicos.

EXISTÊNCIA: Aquilo que tem efeitos. A existência e o índice temporal de um fato psicológico são independentes da existência e dos índices temporais dos fatos a que o seu conteúdo se refere. [Veja também Concreto.]

EXPLICAÇÃO: Representação de uma situação concreta de modo tal que os eventos reais possam ser dela derivados com a ajuda de leis universais. [Como um caso particular, veja Método de Aproximação; veja também Predição.]

FENOMENAL, FATO: Fato que pode ser diretamente observado.

HISTÓRICO, PROCESSO (dialético): Ordem real de ocorrências no mundo dado. Em geral, os períodos de transformação aparentemente contínua são seguidos por períodos de crise, envolvendo súbitas mudanças de estrutura.

INFLUÊNCIAS “DE FORA”: Influências num espaço vital que não podem ser derivadas por leis psicobiológicas das propriedades psicobiológicas da situação precedente.

LEI EMPÍRICA: Uma lei define a relação funcional entre vários fatos. Esses fatos são concebidos como tipos, isto é, os índices do tempo histórico não entram numa lei. Uma lei psicológica pode ser expressa por uma equação, por exemplo, da forma C = f (E) [cf. Espaço Vital]. As leis servem como princípios de acordo com os quais os eventos reais podem ser deduzidos dos fatores dinâmicos da situação.

MUNDO FÍSICO: Totalidade de fatos físicos mais ou menos interdependentes. Todas as mudanças físicas são o resultado de condições ou transformações dentro de um espaço físico conexo. De acordo com a física, não há influências sobre os objetos físicos “de fora” desse espaço.

MUNDO PSICOLÓGICO: Totalidade de fatos psicológicos mais ou menos interdependentes. Existe uma pluralidade de mundos psicológicos, correspondendo, a uma pluralidade de espaços psicológicos (espaços vitais) não conexos. Esses mundos são influenciados “de fora”.

PREDIÇÃO: Somente se, em aditamento à lei, a natureza especial da situação particular for conhecida, a predição será possível. [Cf. Explicação.]

REALIDADE: o conceito epistemológico de realidade (ver Existência) deve se distinguir do conceito psicológico de “grau de realidade”, que se refere a certas camadas do espaço vital.

REPRESENTAÇÃO: Imagem conceptual (no sentido matemático) dos fatos. A representação científica pressupõe (1) conceitos que permitem derivações logicamente rigorosas e (2) definições coordenadoras entre conceitos e dados observáveis. [Veja Explicação.]

II. CONCEITOS DE PSICOLOGIA TOPOLÓGICA

A. CONCEITOS MATEMÁTICOS

[ARREDOR DE UM PONTO: Qualquer região na qual esteja contida esse ponto.]

CAMINHO: Conexão entre dois pontos por uma curva jordana.

CORTE: Um caminho que liga dois pontos fronteiriços de uma região e que, excetuando esses pontos limítrofes, está totalmente situado dentro da região.

CURVA JORDANA (OU DE JORDAN): Uma imagem topológica de um circulo.

DIMENSÃO: A fronteira de um espaço n-dimensional é (n-1)-dimensional. Pontos de espaços de diferentes números de dimensões só podem ser mutuamente coordenados em correspondência de um-a-um quando suas relações topológicas são destruídas.

ESPAÇO MATEMÁTICO: Não se refere a qualquer entidade particular, mas somente a relações. Para essas relações prevalecem certos axiomas.

ESPAÇO MÉTRICO: Com quaisquer dois pontos de tal espaço está coordenada uma distância para a qual certos axiomas prevalecem, especialmente o axioma do triângulo.

ESPAÇO (REGIÃO) FINITAMENTE ESTRUTURADO: Um espaço (região) que pode ser dividido em sub-regiões distinguíveis, mas que não está infinitamente estruturado [cf., tb. Espaço (Região) Não-Estruturado].

ESPAÇO (REGIÃO) INFINITAMENTE ESTRUTURADO: Um espaço (região) cujas sub-regiões podem ser infinitamente divididas em novas sub-regiões [cf., tb. Espaço (Região) Finitamente Estruturado].

ESPAÇO (REGIÃO) NÃO-ESTRUTURADO: Um espaço (região) que não pode ser dividido em partes distinguíveis [cf., tb. Espaço (Região) Finitamente Estruturado].

FRONTEIRA, PONTO DE: Qualquer arredor de um ponto fronteiriço de uma região contém pontos que não pertencem a essa região [Para uma compreensão da aplicação desse conceito matemático em Psicologia, veja Fronteira de uma Região Psicológica.].

[GRAU DE CONEXÃO: o grau de conexão de uma região é igual a um mais o número de cortes que se pode fazer na região sem que ela perca a conexidade. Uma região simplesmente conexa tem grau 1.]

INTERSEÇÃO: A interseção ou parte comum das regiões A e B (A - B) é a totalidade de pontos que são parte de A e de B.

REGIÃO ABERTA: Uma região para todos e cada um de cujos pontos existe um arredor situado inteiramente dentro da região.

REGIÃO CONEXA: Uma região da qual todos os pontos podem ser ligados com todos os outros pontos por um caminho situado inteiramente dentro da região [ cf. tb. Região Simplesmente Conexa].

REGIÃO ESTRANHA: A é estranho a B se a interseção de A e B for vazia (A - B = 0).

REGIÃO FECHADA: Uma região que inclui os seus pontos de fronteira.

[REGIÃO MULTIPLAMENTE CONEXA: Uma região que não é simplesmente conexa, ou ainda, que tem um grau de conexão maior que 1.]

REGIÃO SIMPLESMENTE CONEXA: Uma região cuja conexidade é destruída por um corte.

SOMA TOPOLÓGICA: A soma das regiões A e B (A+B) é a totalidade dos pontos que estão incluídos em A ou B.

TOPOLÓGICA, IMAGEM: Uma imagem contínua em correspondência de um-a-um.

TOPOLOGICAMENTE EQUIVALENTE (ISOMORFO): Diz-se que uma região é topologicamente equivalente a uma outra se for possível converter a primeira na segunda por um processo de continua transformação sem alterar a conexão dentro da região, isto é, estendendo ou retraindo sem rompimento.

B. CONCEITOS PSICOLÓGICOS

1. CONCEITOS PRINCIPALMENTE INTERESSADOS EM FATOS DIRETAMENTE OBSERVÁVEIS

AÇÃO, REPRESENTAÇÃO DE: Em algumas circunstâncias, a ação é representada como uma região; em outras, é representada como um caminho.

ACESSO: Uma região percebida como permitindo a locomoção para uma certa região. [Veja também Acessibilidade.]

AMBIENTE: Tudo aquilo em que, na direção do que ou distanciando-se do que a pessoa pode efetuar locomoções é parte do ambiente ou meio.

BRAÇO: Uma parte de uma região que, sem separar-se da região, efetua uma locomoção para (ou comunica com) uma outra região.

CAMPO: Um espaço concebido como detentor de uma certa característica em todos os pontos.

COMPORTAMENTO: Entendemos por comportamento qualquer mudança no espaço vital que esteja sujeita às leis psicológicas (ver Influências “de fora”). O comportamento (C), num dado tempo, é uma função do espaço vital (E) nesse tempo. C = f (E).

DIFERENCIAÇÃO [, GRAU DE]: O grau de diferenciação refere-se ao número de sub-regiões dentro de uma região. Em certas circunstâncias, o grau de unidade dinâmica pode ser usado como critério inverso para o grau de diferenciação.

DISTANCIA: Embora “distância” não seja um conceito topológico, as distâncias no espaço vital podem ser comparadas por meios topológicos se o caminho correspondente a uma distância for uma parte do caminho correspondente à outra distância.

ESPAÇO DE LIVRE MOVIMENTO: regiões acessíveis à pessoa a partir da sua atual posição. O espaço de livre movimento é, usualmente, uma região conexa múltipla. Os seus limites são determinados, principalmente, pelo (1) que é proibido a uma pessoa e (2) o que está além das suas aptidões.

ESTRUTURA DE UMA REGIÃO: Refere-se a (1) o grau de diferenciação da região, (2) disposição de suas sub-regiões, (3) grau de conexão entre as suas sub-regiões.

FRONTEIRA DE UMA REGIÃO PSICOLÓGICA: Aqueles pontos de uma região para os quais não existe arredor que esteja inteiramente situado dentro da região. A presença de uma fronteira no ambiente ou dentro da pessoa pode ser determinada mediante locomoções ou comunicações. Uma fronteira de uma região psicológica não é, necessariamente, um obstáculo à locomoção ou comunicação [Nota: o conceito de Fronteira de uma Região Psicológica se aplica melhor conjugado com o conceito de Zona Fronteiriça].

FRONTEIRA NÍTIDA: Psicologicamente, podemos distinguir fronteiras nítidas e indefinidas. No caso de uma fronteira nítida, pode ser determinado, para todo e qualquer ponto do espaço vital, se pertence ou não à região em questão.

FRONTEIRIÇA, ZONA (ENTRE AS REGIÕES M E N): Aquela região (ZF) que é estranha a M o N e tem de ser atravessada por uma locomoção de M a N.

LOCOMOÇÃO: Mudança de posição. A locomoção pode ser considerada uma mudança de estrutura: a região movente torna-se parte de uma outra região. A locomoção pode ser representada por um caminho que pode ou não ser efetuado. Esse caminho caracteriza uma mudança de posição dentro de um campo que, em tudo o mais, permanece relativamente constante. Podemos distinguir locomoções quase físicas, quase sociais e quase conceptuais.

PESSOA: A pessoa é representada como uma região diferenciada do espaço vital; contudo, na primeira aproximação, ela pode ser representada por uma região ou ponto indiferenciado.

PESSOA, PARTES DA: (1) Camada (região) motor-perceptual; (2) camada (região) intrapessoal: (a) regiões periféricas, (b) regiões centrais. A camada motor-perceptual tem a posição de uma zona fronteiriça entre as regiões intrapessoais e o ambiente.

PONTO: De um ponto de vista psicológico, a principal propriedade de um ponto é o seu caráter de região inestruturada [Nota: da mesma forma que com o conceito de região, na confecção dos links desta página, vinculamos o conceito matemático de 'ponto' com o conceito psicológico de ponto, pois: (1) 'ponto', no sentido matemático não foi definido e (2) esse vínculo promove uma maior articulação entre os conceitos matemático e os conceitos psicológicos].

POSIÇÃO, DETERMINAÇÃO DE: A posição de um ponto no espaço vital é caracterizada pela região que o inclui. A exatidão da determinação depende da extensão em que podemos distinguir sub-regiões dentro da região em questão.

REGIÃO PSICOLÓGICA CONEXA: A e B são partes de uma região psicológica conexa (1) se uma locomoção de A para B for possível sem deixar a região; (2) se uma mudança de estado de A acarretar uma mudança de estado de B [cf. tb. Região Conexa em Conceitos Matemáticos].

REGIÃO, DETERMINAÇÃO DE: (1) Uma região psicológica pode ser determinada pelas suas propriedades qualitativas e pelas relações topológicas da região ou de suas fronteiras com outras regiões ou suas fronteiras; (2) por processos psicológicos que ligam diferentes pontos, especialmente por locomoções ou comunicações.

REGIÃO PSICOLÓGICA: Parte do espaço vital. Tudo o que é representado como uma região, na caracterização de uma situação psicológica, deve ser uma parte do espaço vital. Uma região não é necessariamente conexa. [Cf. também Região, Determinação de.] [Nota: na confecção dos links desta página, vinculamos o conceito matemático de 'região' com o conceito psicológico de 'região psicológica', pois: (1) 'região', no sentido matemático, não foi definido (mas pode ser entendida como uma parte do espaço topolótico) e (2) esse vínculo promove uma maior articulação entre os conceitos matemático e os conceitos psicológicos]

REGIÃO DE QUALIDADE INDETERMINADA: Uma região cuja estrutura ou qualidade cognitiva não está s suficientemente determinada para o indivíduo. Em alguns aspectos, tem, dinamicamente, o caráter de uma barreira.

REGIÕES VIZINHAS: regiões que têm uma fronteira comum (zona fronteiriça).

REGIÕES SOBREPOSTAS: regiões que têm uma parte comum.

REESTRUTURAÇÃO: Mudança da posição relativa das sub-regiões sem alteração do respectivo número.

SITUAÇÃO: O espaço vital ou parte dele, concebido em termos do seu conteúdo (significado). O espaço vital pode consistir numa só situação ou em duas ou mais situações parcialmente sobrepostas. O termo situação refere-se à situação vital geral ou à situação momentânea.

SITUAÇÃO SOBREPOSTA: Duas ou mais situações que existem simultaneamente e que têm uma parte comum. A pessoa está geralmente localizada dentro dessa parte comum. [Veja também Regiões Sobrepostas]

VITAL, ESPAÇO: A totalidade de fatos que determinam o comportamento (C) de um indivíduo num certo momento. O espaço vital (E) representa a totalidade de possíveis eventos. O espaço vital inclui a pessoa (P) e o ambiente (A). C = f (E) = f (P, A). Pode ser representado por um espaço finitamente estruturado (cf. Aproximação, Método de).

VITAL, ESPAÇO (CARCAÇA EXTERNA DO): Fatos que não estão sujeitos a leis psicológicas, mas que influenciam o estado do espaço vital.

2. CONCEITOS DINÂMICOS

ACESSIBILIDADE: A facilidade com que uma região pode ser alcançada por locomoção ou comunicação. O grau de acessibilidade pode ser representado por barreiras ou muralhas. A acessibilidade de uma pessoa pode ser representada por fronteiras de diferentes graus de solidez entre o ambiente ou meio circundante e certas regiões internas da pessoa. [Veja também Acesso.]

BARREIRA: Uma fronteira (zona limítrofe) que oferece resistência à locomoção. Os graus dessa resistência podem ser diferentes para diferentes espécies de locomoção, (2) para a locomoção em diferentes direções, (3) em diferentes pontos da barreira. [Veja abaixo: Barreira Intransponível e Barreira Exterior]

BARREIRA INTRANSPONÍVEL: Uma fronteira (zona limítrofe ou fronteiriça) que é intransitável para a locomoção em questão.

BARREIRA EXTERIOR: Uma barreira, que cerca a pessoa.

COISA: Uma região em que ou através da qual as locomoções não podem ser levadas a efeito.

COMUNICAÇÃO: Duas regiões estão em comunicação se uma mudança do estado de uma região alterar o estado da outra. O grau de comunicação corresponde ao grau de dependência dinâmica. O grau de comunicação depende (1) do tipo de processos de comunicação, (2) das propriedades das regiões comunicantes e (3) da fronteira (zona fronteiriça) entre elas. O grau de comunicação de A para B não tem por que ser, necessariamente, idêntico ao de B para A. A comunicação pode ser representada por uma zona fronteiriça (muralha); um baixo grau de comunicação corresponde a uma sólida muralha.

ELASTICIDADE: A tendência de uma região mudada para retornar ao seu estado original. O grau de elasticidade pode diferir em regiões da mesma fluidez.

EQUILÍBRIO: Uma constelação de forças tais que as forças num ponto são opostas na direção e iguais na intensidade.

ESTRUTURA COGNITIVA: Estrutura do espaço vital correspondente ao conhecimento da pessoa.

FLUIDEZ: Quanto menores forem as forças necessárias (sendo iguais todos os outros fatores) para produzir uma certa mudança, mais fluida é uma coisa ou meio. A fluidez da mesma região pode ser diferente para diferentes espécies de influências.

FORÇA: Causa de mudança; um conceito básico da psicologia vetorial. As propriedades de uma força são: intensidade, direção e ponto de aplicação. Intensidade e direção podem ser representadas por um vetor.

FORÇA, CAMPO DE: A esfera de influência de uma pessoa. Pode ser representado como um campo de forças indutoras.

FRICÇÃO: A resistência que uma região transitável oferece à locomoção.

GESTALT: Um sistema cujas partes estão dinamicamente conectadas de tal modo que uma mudança de uma parte resulta numa mudança de todas as outras partes. Essa unidade pode diferir para diferentes tipos de mudanças.

IRREALIDADE: Ver Realidade.

MATERIAIS, PROPRIEDADES: Aqueles fatores determinantes do estado de uma região que são concebidos como propriedades da própria região.

MEIO: Uma região na qual ou através da qual as locomoções podem ser efetuadas.

MURALHA: Fronteira (zona fronteiriça) considerada quanto à sua influência sobre a comunicação. A uma muralha mais forte corresponde um menor grau de comunicação.

NECESSIDADE: Uma necessidade corresponde a um sistema de tensão da região intrapessoal.

PESO RELATIVO: A importância relativa de uma, de duas ou mais situações (regiões) sobrepostas, no todo ou em parte, dentro de um espaço vital.

PLASTICIDADE: A plasticidade de uma região corresponde à facilidade de produção de uma mudança relativamente duradoura e constante em sua estrutura.

REALIDADE, GRAU DE: Uma propriedade dos fatos psicológicos. Diferenças no grau de realidade podem ser coordenadas com uma dimensão especial do espaço vital. Os níveis mais irreais mostram maior fluidez. A estrutura de um nível mais real depende menos da vontade da pessoa. O grau em que o espaço vital está estruturado na dimensão realidade-irrealidade depende do caráter especifico, por exemplo, a idade da pessoa e a situação do momento.

REGRESSÃO: Corresponde a um declínio na diferenciação da pessoa.

RIGIDEZ: As fronteiras (barreira, muralhas) são tanto mais rígidas quanto maiores forem as forças necessárias para superá-las. A rigidez de uma região pode diferir para diferentes tipos de processos.

SISTEMA: Uma região considerada em função do seu estado, especialmente o seu estado de tensão.

SOLIDEZ: Ver Rigidez.

TENSÃO: Estado de uma região relativamente às regiões circundantes. Envolve forças na fronteira da região que tende para produzir mudanças tais que as diferenças de tensão diminuem.

VALÊNCIA: Uma valência corresponde a um campo de forças cuja estrutura é a de um campo central. Podemos distinguir valências positivas e negativas.