Os conceitos contidos neste glossário estão agrupados da seguinte maneira: (I)
conceitos metodológicos, isto é, conceitos relacionados com a epistemologia, a lógica, a teoria de ciência e a metodologia; (II)
conceitos de psicologia topológica. Este grupo contém (A)
conceitos matemáticos; (B)
conceitos psicológicos. Neste último subgrupo estão colocados (1)
conceitos pelos quais os fatos diretamente observáveis estão coordenados com os conceitos topológicos; (2)
conceitos dinâmicos. Esta classificação não pretende ser rigorosa, mas poderá ajudar a esclarecer a posição lógica dos vários conceitos.
I. CONCEITOS METODOLÓGICOS APROXIMAÇÃO, MÉTODO DE: Este método determina, primeiro, a
estrutura do
espaço vital como um todo e avança gradualmente, determinando cada vez mais propriedades específicas até ser atingido o máximo de exatidão. [Veja também
Explicação.]
CAUSA: Tem de se distinguir a causalidade histórica e a sistemática. (a) Causalidade sistemática: Um evento é considerado função da
situação total num momento dado. A causa de um evento é sempre a correlação entre numerosos
fatos. (b) Causalidade histórica: Uma resposta é dada à pergunta sobre os motivos por que uma determinada
situação, num certo momento histórico e numa dada posição geográfica, tem essas propriedades particulares.
CONCEITOS: Podemos distinguir (a) conceitos matemáticos como
fronteira,
região, vetor; (b) conceitos
dinâmicos (genético-condicionais) como
força,
tensão, resistência,
fluidez.
CONCRETO: Aquilo que tem a posição de um fato individual que
existe num determinado momento. Em psicologia, o concreto pode ser representado como uma parte do
espaço vital ou como propriedade dessa parte.
CONSTRUÇÃO: Um fato
dinâmico que é determinado indiretamente como um “conceito interveniente”, por meio de uma “definição operacional”. Uma construção expressa uma correlação
dinâmica e permite, em conexão com
leis, a elaboração de enunciados sobre o que é possível e o que não é possível.
COORDENADORA, DEFINIÇÃO: Certos
fatos observáveis estão correlacionados com certos
conceitos matemáticos. Uma definição coordenadora deve ser unívoca e, se possível, reversível.
DIMENSÃO DE PROPRIEDADES: Podemos considerar as diferentes propriedades de um objeto como variáveis e representá-las por meio de um sistema de coordenadas que têm tantas
dimensões quantas as propriedades distinguíveis que
existirem. Um tal sistema de coordenadas é denominado, por vezes,
espaço fásico.
DINÂMICA: Fatos ou conceitos que se referem às condições de mudança, especialmente a forças, têm o nome de dinâmica. Os fatos dinâmicos só podem ser indiretamente determinados (ver
Construção).
ESPAÇO MATEMÁTICO: Ver
Espaço Matemático em
Conceitos Matemáticos.
ESPAÇO FÁSICO: Ver
Dimensão de Propriedades.
ESPAÇO FÍSICO: Espaço que inclui a totalidade dos fatos físicos que existem num determinado momento (todo o
mundo físico).
ESPAÇO PSICOLÓGICO: Ver
espaço vital, em
Conceitos Psicológicos.
EXISTÊNCIA: Aquilo que tem efeitos. A existência e o índice temporal de um fato psicológico são independentes da existência e dos índices temporais dos fatos a que o seu conteúdo se refere. [Veja também
Concreto.]
EXPLICAÇÃO:
Representação de uma situação concreta de modo tal que os eventos reais possam ser dela derivados com a ajuda de
leis universais. [Como um caso particular, veja
Método de Aproximação; veja também
Predição.]
FENOMENAL, FATO: Fato que pode ser diretamente observado.
HISTÓRICO, PROCESSO (dialético): Ordem real de ocorrências no mundo dado. Em geral, os períodos de transformação aparentemente contínua são seguidos por períodos de crise, envolvendo súbitas mudanças de
estrutura.
INFLUÊNCIAS “DE FORA”: Influências num
espaço vital que não podem ser derivadas por
leis psicobiológicas das propriedades psicobiológicas da
situação precedente.
LEI EMPÍRICA: Uma lei define a relação funcional entre vários
fatos. Esses
fatos são concebidos como tipos, isto é, os índices do tempo histórico não entram numa lei. Uma lei psicológica pode ser expressa por uma equação, por exemplo, da forma C = f (E) [
cf. Espaço Vital]. As leis servem como princípios de acordo com os quais os eventos reais podem ser deduzidos dos fatores
dinâmicos da
situação.
MUNDO FÍSICO: Totalidade de fatos físicos mais ou menos interdependentes. Todas as mudanças físicas são o resultado de condições ou transformações dentro de um
espaço físico conexo. De acordo com a física, não há
influências sobre os objetos físicos “de fora” desse espaço.
MUNDO PSICOLÓGICO: Totalidade de fatos psicológicos mais ou menos interdependentes.
Existe uma pluralidade de mundos psicológicos, correspondendo, a uma pluralidade de espaços psicológicos (
espaços vitais) não
conexos. Esses mundos são
influenciados “de fora”.
PREDIÇÃO: Somente se, em aditamento à
lei, a natureza especial da
situação particular for conhecida, a predição será possível. [
Cf. Explicação.]
REALIDADE: o conceito epistemológico de realidade (ver
Existência) deve se distinguir do conceito psicológico de “
grau de realidade”, que se refere a certas camadas do
espaço vital.
REPRESENTAÇÃO: Imagem conceptual (no sentido matemático) dos
fatos. A representação científica pressupõe (1) conceitos que permitem derivações logicamente rigorosas e (2)
definições coordenadoras entre conceitos e dados observáveis. [Veja
Explicação.]
II. CONCEITOS DE PSICOLOGIA TOPOLÓGICA
A. CONCEITOS MATEMÁTICOS[
ARREDOR DE UM PONTO: Qualquer
região na qual esteja contida esse
ponto.]
CAMINHO: Conexão entre dois
pontos por uma
curva jordana.
CORTE: Um
caminho que liga dois
pontos fronteiriços de uma
região e que, excetuando esses
pontos limítrofes, está totalmente situado dentro da
região.
CURVA JORDANA (OU DE JORDAN): Uma imagem topológica de um circulo.
DIMENSÃO: A
fronteira de um
espaço n-dimensional é (n-1)-dimensional.
Pontos de
espaços de diferentes números de dimensões só podem ser mutuamente coordenados em correspondência de um-a-um quando suas relações topológicas são destruídas.
ESPAÇO MATEMÁTICO: Não se refere a qualquer entidade particular, mas somente a relações. Para essas relações prevalecem certos axiomas.
ESPAÇO MÉTRICO: Com quaisquer dois
pontos de tal
espaço está coordenada uma
distância para a qual certos axiomas prevalecem, especialmente o axioma do triângulo.
ESPAÇO (REGIÃO) FINITAMENTE ESTRUTURADO: Um
espaço (
região) que pode ser dividido em sub-
regiões distinguíveis, mas que não está
infinitamente estruturado [
cf.,
tb. Espaço (Região) Não-Estruturado].
ESPAÇO (REGIÃO) INFINITAMENTE ESTRUTURADO: Um
espaço (
região) cujas sub-
regiões podem ser infinitamente divididas em novas sub-
regiões [
cf.,
tb. Espaço (Região) Finitamente Estruturado].
ESPAÇO (REGIÃO) NÃO-ESTRUTURADO: Um
espaço (
região) que não pode ser dividido em partes distinguíveis [
cf.,
tb. Espaço (Região) Finitamente Estruturado].
FRONTEIRA, PONTO DE: Qualquer arredor de um
ponto fronteiriço de uma
região contém
pontos que não pertencem a essa
região [Para uma compreensão da aplicação desse conceito matemático em Psicologia, veja
Fronteira de uma Região Psicológica.].
[
GRAU DE CONEXÃO: o grau de conexão de uma
região é igual a um mais o número de
cortes que se pode fazer na
região sem que ela perca a
conexidade. Uma
região simplesmente conexa tem grau 1.]
INTERSEÇÃO: A interseção ou parte comum das
regiões A e B (A - B) é a totalidade de
pontos que são parte de A e de B.
REGIÃO ABERTA: Uma
região para todos e cada um de cujos
pontos existe um
arredor situado inteiramente dentro da
região.
REGIÃO CONEXA: Uma
região da qual todos os
pontos podem ser ligados com todos os outros
pontos por um
caminho situado inteiramente dentro da
região [
cf. tb. Região Simplesmente Conexa].
REGIÃO ESTRANHA: A é estranho a B se a
interseção de A e B for vazia (A - B = 0).
REGIÃO FECHADA: Uma
região que inclui os seus
pontos de fronteira.
[
REGIÃO MULTIPLAMENTE CONEXA: Uma
região que não é
simplesmente conexa, ou ainda, que tem um
grau de conexão maior que 1.]
REGIÃO SIMPLESMENTE CONEXA: Uma
região cuja
conexidade é destruída por um
corte.
SOMA TOPOLÓGICA: A soma das
regiões A e B (A+B) é a totalidade dos
pontos que estão incluídos em A ou B.
TOPOLÓGICA, IMAGEM: Uma imagem contínua em correspondência de um-a-um.
TOPOLOGICAMENTE EQUIVALENTE (ISOMORFO): Diz-se que uma
região é topologicamente equivalente a uma outra se for possível converter a primeira na segunda por um processo de continua transformação sem alterar a
conexão dentro da
região, isto é, estendendo ou retraindo sem rompimento.
B. CONCEITOS PSICOLÓGICOS1. CONCEITOS PRINCIPALMENTE INTERESSADOS EM FATOS DIRETAMENTE OBSERVÁVEISAÇÃO, REPRESENTAÇÃO DE: Em algumas circunstâncias, a ação é representada como uma
região; em outras, é representada como um
caminho.
ACESSO: Uma
região percebida como permitindo a
locomoção para uma certa
região. [Veja também
Acessibilidade.]
AMBIENTE: Tudo aquilo em que, na direção do que ou
distanciando-se do que a
pessoa pode efetuar
locomoções é parte do ambiente ou meio.
BRAÇO: Uma parte de uma
região que, sem separar-se da
região, efetua uma
locomoção para (ou
comunica com) uma outra
região.
CAMPO: Um
espaço concebido como detentor de uma certa característica em todos os
pontos.
COMPORTAMENTO: Entendemos por comportamento qualquer mudança no
espaço vital que esteja sujeita às
leis psicológicas (ver
Influências “de fora”). O comportamento (C), num dado tempo, é uma função do
espaço vital (E) nesse tempo. C = f (E).
DIFERENCIAÇÃO [, GRAU DE]: O grau de diferenciação refere-se ao número de sub-
regiões dentro de uma
região. Em certas circunstâncias, o grau de unidade
dinâmica pode ser usado como critério inverso para o grau de diferenciação.
DISTANCIA: Embora “distância” não seja um conceito topológico, as distâncias no
espaço vital podem ser comparadas por meios topológicos se o
caminho correspondente a uma distância for uma parte do
caminho correspondente à outra distância.
ESPAÇO DE LIVRE MOVIMENTO:
regiões acessíveis à
pessoa a partir da sua atual posição. O espaço de livre movimento é, usualmente, uma
região conexa múltipla. Os seus limites são determinados, principalmente, pelo (1) que é proibido a uma
pessoa e (2) o que está além das suas aptidões.
ESTRUTURA DE UMA REGIÃO: Refere-se a (1) o
grau de diferenciação da
região, (2) disposição de suas sub-
regiões, (3)
grau de conexão entre as suas sub-
regiões.
FRONTEIRA DE UMA REGIÃO PSICOLÓGICA: Aqueles
pontos de uma
região para os quais não existe
arredor que esteja inteiramente situado dentro da
região. A presença de uma fronteira no
ambiente ou
dentro da pessoa pode ser determinada mediante
locomoções ou
comunicações. Uma fronteira de uma
região psicológica não é, necessariamente, um obstáculo à
locomoção ou
comunicação [Nota: o conceito de Fronteira de uma Região Psicológica se aplica melhor conjugado com o conceito de
Zona Fronteiriça].
FRONTEIRA NÍTIDA: Psicologicamente, podemos distinguir
fronteiras nítidas e indefinidas. No caso de uma
fronteira nítida, pode ser determinado, para todo e qualquer
ponto do
espaço vital, se pertence ou não à
região em questão.
FRONTEIRIÇA, ZONA (ENTRE AS REGIÕES M E N): Aquela
região (ZF) que é
estranha a M o N e tem de ser atravessada por uma
locomoção de M a N.
LOCOMOÇÃO: Mudança de posição. A locomoção pode ser considerada uma mudança de
estrutura: a
região movente torna-se parte de uma outra
região. A locomoção pode ser representada por um
caminho que pode ou não ser efetuado. Esse
caminho caracteriza uma mudança de posição dentro de um
campo que, em tudo o mais, permanece relativamente constante. Podemos distinguir locomoções quase físicas, quase sociais e quase conceptuais.
PESSOA: A pessoa é representada como uma
região diferenciada do
espaço vital; contudo, na primeira
aproximação, ela pode ser representada por uma
região ou
ponto indiferenciado.
PESSOA, PARTES DA: (1) Camada (
região) motor-perceptual; (2) camada (
região) intrapessoal: (a)
regiões periféricas, (b)
regiões centrais. A camada motor-perceptual tem a posição de uma
zona fronteiriça entre as
regiões intrapessoais e o
ambiente.
PONTO: De um ponto de vista psicológico, a principal propriedade de um ponto é o seu caráter de
região inestruturada [Nota: da mesma forma que com o conceito de
região, na confecção dos links desta página, vinculamos o conceito matemático de 'ponto' com o conceito psicológico de ponto, pois: (1) 'ponto', no sentido matemático não foi definido e (2) esse vínculo promove uma maior articulação entre os conceitos matemático e os conceitos psicológicos].
POSIÇÃO, DETERMINAÇÃO DE: A posição de um
ponto no
espaço vital é caracterizada pela
região que o inclui. A exatidão da determinação depende da extensão em que podemos distinguir sub-
regiões dentro da
região em questão.
REGIÃO PSICOLÓGICA CONEXA: A e B são partes de uma
região psicológica conexa (1) se uma
locomoção de A para B for possível sem deixar a
região; (2) se uma mudança de estado de A acarretar uma mudança de estado de B [
cf. tb. Região Conexa em
Conceitos Matemáticos].
REGIÃO, DETERMINAÇÃO DE: (1) Uma
região psicológica pode ser determinada pelas suas propriedades qualitativas e pelas relações topológicas da
região ou de suas
fronteiras com outras
regiões ou suas
fronteiras; (2) por processos psicológicos que ligam diferentes
pontos, especialmente por
locomoções ou
comunicações.
REGIÃO PSICOLÓGICA: Parte do
espaço vital. Tudo o que é representado como uma região, na caracterização de uma
situação psicológica, deve ser uma parte do
espaço vital. Uma região não é necessariamente
conexa. [
Cf. também
Região, Determinação de.] [Nota: na confecção dos links desta página, vinculamos o conceito matemático de 'região' com o conceito psicológico de 'região psicológica', pois: (1) 'região', no sentido matemático, não foi definido (mas pode ser entendida como uma parte do espaço topolótico) e (2) esse vínculo promove uma maior articulação entre os conceitos matemático e os conceitos psicológicos]
REGIÃO DE QUALIDADE INDETERMINADA: Uma
região cuja
estrutura ou qualidade
cognitiva não está s suficientemente determinada para o indivíduo. Em alguns aspectos, tem,
dinamicamente, o caráter de uma
barreira.
REGIÕES VIZINHAS:
regiões que têm uma
fronteira comum (
zona fronteiriça).
REGIÕES SOBREPOSTAS:
regiões que têm uma parte comum.
REESTRUTURAÇÃO: Mudança da posição relativa das sub-
regiões sem alteração do respectivo número.
SITUAÇÃO: O
espaço vital ou parte dele, concebido em termos do seu conteúdo (significado). O
espaço vital pode consistir numa só situação ou em duas ou mais situações parcialmente
sobrepostas. O termo situação refere-se à situação vital geral ou à situação momentânea.
SITUAÇÃO SOBREPOSTA: Duas ou mais
situações que existem simultaneamente e que têm uma parte comum. A
pessoa está geralmente localizada dentro dessa parte comum. [Veja também
Regiões Sobrepostas]
VITAL, ESPAÇO: A totalidade de fatos que determinam o
comportamento (C) de um indivíduo num certo momento. O espaço vital (E) representa a totalidade de possíveis eventos. O espaço vital inclui a
pessoa (P) e o
ambiente (A). C = f (E) = f (P, A). Pode ser representado por um
espaço finitamente estruturado (
cf. Aproximação, Método de).
VITAL, ESPAÇO (CARCAÇA EXTERNA DO): Fatos que não estão sujeitos a
leis psicológicas, mas que influenciam o estado do
espaço vital.
2. CONCEITOS DINÂMICOSACESSIBILIDADE: A facilidade com que uma
região pode ser alcançada por
locomoção ou
comunicação. O grau de acessibilidade pode ser representado por
barreiras ou
muralhas. A acessibilidade de uma
pessoa pode ser representada por
fronteiras de diferentes graus de
solidez entre o
ambiente ou meio circundante e certas
regiões internas da pessoa. [Veja também
Acesso.]
BARREIRA: Uma
fronteira (
zona limítrofe) que oferece resistência à
locomoção. Os graus dessa resistência podem ser diferentes para diferentes espécies de
locomoção, (2) para a
locomoção em diferentes direções, (3) em diferentes
pontos da barreira. [Veja abaixo: Barreira Intransponível e Barreira Exterior]
BARREIRA INTRANSPONÍVEL: Uma
fronteira (
zona limítrofe ou fronteiriça) que é intransitável para a
locomoção em questão.
BARREIRA EXTERIOR: Uma
barreira, que cerca a
pessoa.
COISA: Uma
região em que ou através da qual as
locomoções não podem ser levadas a efeito.
COMUNICAÇÃO: Duas
regiões estão em comunicação se uma mudança do estado de uma
região alterar o estado da outra. O grau de comunicação corresponde ao grau de dependência
dinâmica. O grau de comunicação depende (1) do tipo de processos de comunicação, (2) das propriedades das
regiões comunicantes e (3) da
fronteira (
zona fronteiriça) entre elas. O grau de comunicação de A para B não tem por que ser, necessariamente, idêntico ao de B para A. A comunicação pode ser representada por uma
zona fronteiriça (
muralha); um baixo grau de comunicação corresponde a uma sólida
muralha.
ELASTICIDADE: A tendência de uma
região mudada para retornar ao seu estado original. O grau de elasticidade pode diferir em
regiões da mesma
fluidez.
EQUILÍBRIO: Uma constelação de
forças tais que as
forças num
ponto são opostas na direção e iguais na intensidade.
ESTRUTURA COGNITIVA:
Estrutura do
espaço vital correspondente ao conhecimento da
pessoa.
FLUIDEZ: Quanto menores forem as
forças necessárias (sendo iguais todos os outros fatores) para produzir uma certa mudança, mais fluida é uma
coisa ou
meio. A fluidez da mesma
região pode ser diferente para diferentes espécies de influências.
FORÇA:
Causa de mudança; um conceito básico da psicologia vetorial. As propriedades de uma força são: intensidade, direção e
ponto de aplicação. Intensidade e direção podem ser representadas por um vetor.
FORÇA, CAMPO DE: A esfera de influência de uma
pessoa. Pode ser representado como um
campo de
forças indutoras.
FRICÇÃO: A resistência que uma
região transitável oferece à
locomoção.
GESTALT: Um
sistema cujas partes estão
dinamicamente conectadas de tal modo que uma mudança de uma parte resulta numa mudança de todas as outras partes. Essa unidade pode diferir para diferentes tipos de mudanças.
IRREALIDADE: Ver
Realidade.
MATERIAIS, PROPRIEDADES: Aqueles fatores determinantes do estado de uma
região que são concebidos como propriedades da própria
região.
MEIO: Uma
região na qual ou através da qual as
locomoções podem ser efetuadas.
MURALHA:
Fronteira (
zona fronteiriça) considerada quanto à sua influência sobre a
comunicação. A uma muralha mais forte corresponde um menor grau de
comunicação.
NECESSIDADE: Uma necessidade corresponde a um
sistema de
tensão da
região intrapessoal.
PESO RELATIVO: A importância relativa de uma, de duas ou mais
situações (
regiões)
sobrepostas, no todo ou em parte, dentro de um
espaço vital.
PLASTICIDADE: A plasticidade de uma
região corresponde à facilidade de produção de uma mudança relativamente duradoura e constante em sua
estrutura.
REALIDADE, GRAU DE: Uma propriedade dos fatos psicológicos. Diferenças no grau de realidade podem ser coordenadas com uma
dimensão especial do
espaço vital. Os níveis mais irreais mostram maior
fluidez. A
estrutura de um nível mais real depende menos da vontade da
pessoa. O grau em que o
espaço vital está
estruturado na dimensão realidade-irrealidade depende do caráter especifico, por exemplo, a idade da
pessoa e a
situação do momento.
REGRESSÃO: Corresponde a um declínio na
diferenciação da
pessoa.
RIGIDEZ: As
fronteiras (
barreira,
muralhas) são tanto mais rígidas quanto maiores forem as
forças necessárias para superá-las. A rigidez de uma
região pode diferir para diferentes tipos de processos.
SISTEMA: Uma
região considerada em função do seu estado, especialmente o seu estado de
tensão.
SOLIDEZ: Ver
Rigidez.
TENSÃO: Estado de uma
região relativamente às
regiões circundantes. Envolve
forças na
fronteira da
região que tende para produzir mudanças tais que as diferenças de tensão diminuem.
VALÊNCIA: Uma valência corresponde a um
campo de forças cuja
estrutura é a de um
campo central. Podemos distinguir valências positivas e negativas.